domingo, 26 de janeiro de 2014





Amarras o teu amor ao meu
E quando, suavemente, fores
Deixarás para aqueles que nos visitarem
Aqueles que não pedirão licença
Aqueles que não limparão os pés
Aqueles que jamais verão
As flores murchas
O copo ao meio
O pão em migalhas

 A ilusão que o amor (mundano) é eterno.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012


Cego Aderaldo na praça
Vendo estrelas ao amanhecer.
Patativa do Assaré
Lendo no livro da sabedoria.
Cordel do fogo encantado
Dizendo que vai chover.
Gonzagão, lá no céu
Recomendando o baião.

E eu aqui na terra
Esperando os homens de boa vontade!

sábado, 4 de agosto de 2012


arte.digital@oliveira.cialinguadetrapo
 

CIA Língua de Trapo apresenta: O Auto da Compadecida!

sábado, 28 de julho de 2012

arte.digital@oliveira.nuance

 



Casa-úbere
seio materno
escuro útero
 eu no sótão!

Côa a semiclaridade
filtra luz cristalina.

Nos espirais do tempo
tenho todo o tempo
desfaço-me como os relógios Dali.

Casa que se liquefaz em sombras suaves da memória
que me traz os terreiros na tarde que se vai
que traz o celeiro repleto de jogos de luz e sombra
que traz na memória uma menina rota querendo ganhar atenção.

Era uma tarde, com certeza, o carteado ia longe.
o rolo da fumaça dos cigarros de palha e dos cachimbos
enovelando sombras sobre o tempo
 eu aqui presa nesse mundo de néon que me fere os olhos
que embaça as vistas
querendo casa de sombras
querendo me desfazer antevisão Daliniana.