sábado, 28 de julho de 2012


Casa-úbere
seio materno
escuro útero
 eu no sótão!

Côa a semiclaridade
filtra luz cristalina.

Nos espirais do tempo
tenho todo o tempo
desfaço-me como os relógios Dali.

Casa que se liquefaz em sombras suaves da memória
que me traz os terreiros na tarde que se vai
que traz o celeiro repleto de jogos de luz e sombra
que traz na memória uma menina rota querendo ganhar atenção.

Era uma tarde, com certeza, o carteado ia longe.
o rolo da fumaça dos cigarros de palha e dos cachimbos
enovelando sombras sobre o tempo
 eu aqui presa nesse mundo de néon que me fere os olhos
que embaça as vistas
querendo casa de sombras
querendo me desfazer antevisão Daliniana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário