quarta-feira, 22 de junho de 2011

Zabé

Obra exposta em galeria de Olinda jan/2010

A máquina véia que custurou a calça de Antoio

A camisa da Belinha e a saia da Zulmira

A máquina véia que pedalou noite e dia

Para vestir a famiarada

Hoje empoleirada

Empoeirada nos guardados

As aranha fazendo festa

Casa de linha e labirinto.


- Minino, num entra aí não

Deixa em paz os trecos de Zabé

Os retaios de chitas e de tergal

Os ticidos, ticidos no tear


Os óios quase cego de Zabé

O camisolão cubrindo o corpo magro

As mãos calejadas dedilhando o terço

Uma vida e seu preço

Os óio quase cego

Oia e não vê os terens jogado no tempo

E se visse: meu Deus!

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